14 aeronaves chinesas entram no espaço aéreo de Taiwan; Ameaças de invasão de Pequim não devem ser 'subestimadas'

Um total de 14 aeronaves militares chinesas e quatro navios de guerra foram detectados em torno de Taiwan na manhã de sexta-feira, de acordo com o Ministério da Defesa Nacional de Taiwan.

Em um post no mesmo dia, o Ministério da Defesa disse que estava monitorando a situação em meio às contínuas provocações da China a Taiwan.

"14 aeronaves PLA e 4 embarcações PLAN em torno de Taiwan foram detectadas às 6h (UTC + 8) de hoje", informou o ministério. "As Forças Armadas ROC monitoraram a situação e designaram aeronaves CAP, embarcações da Marinha e sistemas de mísseis terrestres para responder a essas atividades".

A exibição ocorreu quando o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, estava programado para visitar Taiwan.

Com as exibições militares da China sobre os territórios de Taiwan nos últimos meses, a Agência Central de Inteligência dos EUA alertou que os movimentos do presidente chinês Xi Jinping não devem ser subestimados.

O diretor da CIA, William Burns, disse na quinta-feira que Xi já ordenou que seus militares estivessem prontos para invadir Taiwan até 2027, informou a Reuters.

"Agora, isso não significa que ele decidiu conduzir uma invasão em 2027, ou em qualquer outro ano, mas é um lembrete da seriedade de seu foco e de sua ambição", disse Burns, citado pela Reuters.

"Nossa avaliação na CIA é que eu não subestimaria as ambições do presidente Xi em relação a Taiwan", disse ele, acrescentando que Xi provavelmente estava tentando tirar lições do "desempenho ruim" da Rússia na invasão da Ucrânia.

Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, disse à CBC News que a China possivelmente estava tomando notas da guerra Rússia-Ucrânia por sua potencial invasão da ilha.

"Acho que o que os chineses estão aprendendo com [a guerra na Ucrânia] é a fraqueza das forças armadas russas para que possam se fortalecer em seu possível ataque futuro contra Taiwan", disse Wu. "Claro, esta vai ser uma lição errada, porque a guerra significa devastação."

Em uma postagem datada de 9 de janeiro, o ministério disse que não estava buscando uma escalada ou conflito com a China, já que a provocação do país afeta a estabilidade da segurança no Estreito de Taiwan e nas regiões vizinhas.