Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro confrontam a polícia enquanto protestam contra a prisão de um líder indígena em Brasília em 12 de dezembro de 2022.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro confrontam a polícia enquanto protestam contra a prisão de um líder indígena em Brasília em 12 de dezembro de 2022. AFP

Agentes de segurança brasileiros e apoiadores do presidente cessante Jair Bolsonaro se enfrentaram na segunda-feira perto da sede da polícia da capital, após a prisão de um chefe indígena envolvido em protestos recentes.

A agitação em Brasília começou depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que José Acácio Serere Xavante fosse detido por 10 dias por acusações de que ele estava ameaçando o "Estado Democrático de Direito".

Policiais dispararam gás lacrimogêneo e balas de borracha na tentativa de dispersar os manifestantes, alguns dos quais vestiam camisetas amarelas da seleção brasileira, portando paus de madeira e atirando pedras, observou um fotógrafo da AFP.

As autoridades disseram que os confrontos começaram depois que alguns dos manifestantes tentaram invadir o complexo policial e libertar Serere Xavante.

No centro da capital, vários carros e ônibus foram atacados e incendiados.

Por volta das 23:00 (02:00 GMT), mais de duas horas após o início dos confrontos, o ministro da Justiça brasileiro, Anderson Tores, tuitou que "tudo será investigado e esclarecido", observando que a situação estava "se normalizando".

Autoridades ordenaram o fechamento de uma importante avenida como medida preventiva e disseram que a segurança foi reforçada no hotel onde o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva está hospedado.

Na quarta-feira, o esquerdista Lula recebeu documentação oficial de que é presidente eleito, encerrando formalmente o processo eleitoral intensamente polarizado entre ele e o direitista Bolsonaro.