Apoiadores de Bolsonaro entram em confronto com a polícia e ateiam incêndios em Brasília
Agentes de segurança brasileiros e apoiadores do presidente cessante Jair Bolsonaro se enfrentaram na segunda-feira perto da sede da polícia da capital, após a prisão de um chefe indígena envolvido em protestos recentes.
A agitação em Brasília começou depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que José Acácio Serere Xavante fosse detido por 10 dias por acusações de que ele estava ameaçando o "Estado Democrático de Direito".
Policiais dispararam gás lacrimogêneo e balas de borracha na tentativa de dispersar os manifestantes, alguns dos quais vestiam camisetas amarelas da seleção brasileira, portando paus de madeira e atirando pedras, observou um fotógrafo da AFP.
As autoridades disseram que os confrontos começaram depois que alguns dos manifestantes tentaram invadir o complexo policial e libertar Serere Xavante.
No centro da capital, vários carros e ônibus foram atacados e incendiados.
Por volta das 23:00 (02:00 GMT), mais de duas horas após o início dos confrontos, o ministro da Justiça brasileiro, Anderson Tores, tuitou que "tudo será investigado e esclarecido", observando que a situação estava "se normalizando".
Autoridades ordenaram o fechamento de uma importante avenida como medida preventiva e disseram que a segurança foi reforçada no hotel onde o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva está hospedado.
Na quarta-feira, o esquerdista Lula recebeu documentação oficial de que é presidente eleito, encerrando formalmente o processo eleitoral intensamente polarizado entre ele e o direitista Bolsonaro.
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