Brasil investiga mais quatro casos suspeitos de gripe aviária em aves silvestres
O Brasil está investigando outros quatro novos casos potenciais de influenza aviária altamente patogênica (H5N1) em aves silvestres, segundo autoridades do estado do Espírito Santo, onde os primeiros casos no Brasil foram confirmados esta semana.
Após as aves apresentarem sintomas compatíveis com o H5N1, foram colhidas amostras das quatro, todas da espécie Thalasseus acuflavidus (Garã-do-cabo), segundo nota da Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca do Espírito Santo na sexta-feira.
As amostras estão sendo processadas por um laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH), na cidade de Campinas. As autoridades estaduais esperam receber os resultados dos testes na próxima semana.
Como parte do Plano Nacional de Vigilância da Gripe Aviária do Brasil, o Espírito Santo disse que está mapeando "áreas de foco" e fiscalizando propriedades, públicas ou privadas, onde as aves podem ser encontradas.
Um caso de gripe aviária altamente infecciosa em uma fazenda geralmente resulta na morte de todo o rebanho e pode desencadear restrições comerciais. A detecção entre aves selvagens não gera proibições sob as diretrizes WOAH.
O Espírito Santo é o terceiro maior estado produtor de ovos do Brasil e o Brasil é o maior exportador mundial de frango.
As aves cujas amostras estão sendo processadas foram capturadas nos municípios de Nova Venecia, Itapemirim, Linhares e Vitória, informaram autoridades capixabas.
Cerca de 26 aves mantidas no centro de reabilitação de espécies silvestres do Espírito Santo, Ipram, foram abatidas para conter a transmissão potencial, acrescentou o comunicado.
Ipram é para onde as aves costeiras enfraquecidas foram levadas antes que o Brasil anunciasse seus primeiros casos de gripe aviária altamente patogênica na segunda-feira.
O vírus chegou à América do Sul por meio de aves migratórias. Normalmente, esses animais só transmitem a gripe aviária por cerca de cinco dias, mas a presença do vírus em pequenos animais marinhos dos quais as aves se alimentam pode ter permitido sua disseminação mais ampla este ano.
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