COP27: Lula da Silva se oferecerá para sediar a futura Cúpula do Clima
O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se oferecerá para sediar uma futura cúpula global sobre mudanças climáticas quando participar da conferência climática COP27 das Nações Unidas no Egito na próxima semana, disseram fontes à Reuters na quarta-feira.
Lula planeja anunciar uma revisão das políticas ambientais do Brasil na cúpula de Sharm El Sheikh e a criação de uma nova autoridade climática nacional para supervisionar os esforços de todos os ministérios e agências para combater o aquecimento global.
As fontes, que pediram anonimato para poder falar livremente, disseram que Lula vai convidar as Nações Unidas para realizar uma das próximas COPs no Brasil, possivelmente em 2025.
O novo presidente de esquerda, que assume o cargo em 1º de janeiro, prometeu restabelecer o papel do Brasil como um ator importante nos esforços internacionais para lidar com as mudanças climáticas depois que sua reputação foi prejudicada pelo presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro.
A destruição da floresta tropical brasileira atingiu uma alta de 15 anos sob o governo de Bolsonaro, que reverteu as proteções ambientais e pressionou por mais mineração e agricultura comercial na região.
Bolsonaro interrompeu os planos de sediar a COP25 no Brasil em 2019 quando, como presidente eleito, pediu que a reunião não fosse realizada em seu país.
A Organização das Nações Unidas está programada para organizar a COP28 em 2023 em Dubai, Emirados Árabes Unidos. O local onde a cúpula de 2024 será realizada ainda não foi decidido, mas a Austrália propôs sediá-la.
Lula disse nesta quarta-feira que só começará a decidir sobre os membros de seu gabinete quando voltar do Egito.
Ambientalistas aplaudiram a vitória eleitoral de Lula em 30 de outubro, depois que ele fez campanha com promessas de proteger a floresta amazônica e restaurar a liderança brasileira nas mudanças climáticas.
Lula deve participar da segunda semana da cúpula da COP27 e não fará parte da delegação oficial do governo brasileiro na COP27, pois ainda será presidente eleito. Bolsonaro não deve comparecer.
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