Ex-presidente da Moldávia é libertado e promete novos protestos
O ex-presidente da Moldávia, Igor Dodon, que enfrenta uma série de acusações criminais, foi libertado da prisão domiciliar na sexta-feira e prometeu participar de protestos contra o atual líder pró-Ocidente do ex-estado soviético.
"Pretendo ir às diferentes regiões e aldeias para conversar com as pessoas, assim como fiz antes", disse Dodon, visto como próximo a Moscou durante seus quatro anos no poder, a repórteres depois que um tribunal revogou uma ordem de prisão domiciliar.
"Ser libertado da prisão domiciliar é a nossa primeira vitória. Mas a luta continua."
Enquanto Dodon foi libertado da prisão domiciliar, a investigação sobre as acusações de corrupção e traição continua.
Dodon foi derrotado em uma eleição esmagadora há dois anos por Maia Sandu, que conta com apoio político e financeiro da União Europeia e dos Estados Unidos.
Mas manifestantes denunciando os altos preços e a incerteza no fornecimento de gás da Rússia pedem desde setembro a renúncia do governo de Sandu e novas eleições.
A gigante russa Gazprom sugeriu que pode cortar o fornecimento de gás para a Moldávia, espremida entre a Ucrânia e a Romênia, membro da UE, devido a uma disputa sobre o acerto de contas em atraso.
Dodon enfrenta várias acusações, incluindo traição e alegações de financiamento ilegal de seu partido Socialista - ligado ao fugitivo político moldavo Vlad Plahotniuc, principal suspeito em um escândalo bancário de US$ 1 bilhão.
Dodon, que estava em prisão domiciliar desde 26 de maio, nega qualquer irregularidade. Ele está impedido de deixar a Moldávia por 60 dias.
(Edição de Ron Popeski; Edição de Sandra Maler)
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