G7 diz que está montando plataforma multiagências para coordenar ajuda à Ucrânia
O Grupo das Sete nações ricas disse na segunda-feira que criará uma plataforma multiagências para coordenar a ajuda à Ucrânia e apoiar seu reparo, recuperação e reconstrução, com representantes de alto escalão se reunindo o mais rápido possível em janeiro.
Os líderes do G7 em uma declaração conjunta emitida após uma reunião virtual disseram que trabalhariam com a Ucrânia, parceiros internacionais e organizações financeiras internacionais para estabelecer a nova Plataforma de Coordenação de Doadores.
"Através desta plataforma, coordenaremos os mecanismos existentes para fornecer apoio contínuo de curto e longo prazo...
Os líderes do G7 disseram que criariam um secretariado para a plataforma e cada país membro designaria um representante sênior do governo para supervisionar a criação da plataforma e os esforços de coordenação.
"Apoiamos firmemente os esforços para garantir a estabilidade financeira imediata da Ucrânia e sua recuperação e reconstrução rumo a um futuro sustentável, próspero e democrático, de acordo com seu caminho europeu", disseram eles no comunicado.
O esforço terá como base uma conferência de recuperação realizada em Berlim em outubro e um evento separado em Londres em junho. Doadores internacionais devem se reunir novamente em Paris na terça-feira.
Os líderes do G7 também se comprometeram a ajudar a Ucrânia a atender às necessidades de preparação para o inverno e apoiar a resiliência civil, e prometeram continuar angariando apoio internacional para as necessidades urgentes de financiamento de curto prazo da Ucrânia.
Eles disseram que pediriam aos ministros das finanças do G7 que se reunissem em breve para discutir uma abordagem conjunta para o apoio orçamentário coordenado em 2023, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) desempenhando um papel central.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse na conferência Reuters NEXT em 1º de dezembro que era fundamental "adiantar" a ajuda à Ucrânia antes dos meses de inverno rigoroso, devido aos contínuos ataques russos à infraestrutura da Ucrânia.
O FMI forneceu US$ 2,7 bilhões em financiamento de emergência para a Ucrânia e recentemente acordou um programa de monitoramento do conselho com a Ucrânia que deve abrir caminho para um programa de financiamento maior.
O presidente do Banco Mundial, David Malpass, disse na mesma conferência que o Banco Mundial havia desembolsado US$ 18 bilhões para a Ucrânia, com grande parte vindo dos Estados Unidos e da Europa.
Mas o país precisará de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões por mês em assistência orçamentária para manter seu governo funcionando, estima o FMI. Isso é até US$ 1 bilhão a mais por mês do que o previsto em outubro.
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