Inflação na Argentina esfriará ligeiramente com congelamento de preços de alimentos, dizem analistas
A inflação na Argentina deve ter esfriado ligeiramente em novembro, mostrou uma pesquisa da Reuters com analistas na terça-feira, embora permaneça alta com os preços devendo subir quase 100% este ano.
Uma pesquisa da Reuters com 13 analistas indicou que o índice de preços ao consumidor saltou 5,9% no mês passado, com os custos dos alimentos levemente controlados pelos congelamentos de preços. Isso ficou abaixo de um aumento de 6,3% em outubro e um pico de 7,4% em julho.
"A desaceleração foi explicada principalmente por um menor aumento nos preços dos alimentos", disse Lautaro Moschet, economista do Libertad y Progreso, apontando para o impacto do congelamento dos preços dos alimentos.
O governo da Argentina fechou acordos com diferentes setores nos últimos meses para controlar a espiral de preços que provocou protestos nas ruas, já que as pessoas sentem o doloroso impacto em seu poder de compra e economia.
"Os efeitos dos acordos de preços serão mais visíveis a partir de dezembro, embora seja claro que serão temporários, pois as inconsistências da política fiscal e monetária não são compatíveis com uma queda sustentada da inflação", disse Moschet.
As projeções de novembro feitas por analistas ouvidos pela Reuters variavam entre 5,4% e 6,6%.
"Na última semana de novembro houve uma aceleração da inflação", disse Isaias Marini, economista da consultoria Econviews, que projeta uma inflação acima de 6%.
O instituto oficial de estatísticas INDEC da Argentina divulgará os dados de inflação de novembro na quinta-feira. Gráfico: Lutando contra a inflação na Argentina,
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