Japão revelará orçamento recorde de US$ 864 bilhões impulsionado por custos militares
O Japão deve divulgar na sexta-feira um orçamento recorde de US$ 864 bilhões para o próximo ano fiscal a partir de abril, impulsionado pelo aumento dos gastos militares e maiores custos de seguridade social para uma população que envelhece rapidamente, de acordo com uma versão final revisada pela Reuters.
O projeto de orçamento - a ser endossado pelo gabinete do primeiro-ministro Fumio Kishida, juntamente com o plano de emissão de títulos do governo - aponta para um caminho estreito para o governo atingir sua meta fiscal enquanto tenta tirar a economia número 3 do mundo da crise induzida pelo COVID calmaria.
Tóquio pretende atingir um superávit orçamentário primário, excluindo novas vendas de títulos e custos do serviço da dívida, até o ano fiscal que termina em março de 2026.
O tamanho do orçamento de 114,4 trilhões de ienes marca um grande salto em relação aos números iniciais do atual ano fiscal de 107,6 trilhões de ienes. Os gastos serão financiados por uma grande quantidade de vendas de títulos, com o índice de dependência de títulos de 31,1% ressaltando as restrições fiscais enfrentadas pelo governo.
A defesa representa a maior parte do aumento no orçamento fiscal de 2023, já que Kishida pretende dobrar os gastos anuais com defesa do Japão para 2% do PIB em cinco anos para lidar com uma China sempre assertiva e uma Coreia do Norte imprevisível.
Para o ano fiscal de 2023, os gastos com defesa totalizam 6,8 trilhões de ienes, um aumento de 1,4 trilhão de ienes em relação a este ano. O governo também reservaria 3,4 trilhões de ienes para ajudar a financiar seu plano de reforço de defesa de cinco anos.
A necessidade de aumentar os gastos militares do Japão ocorre em um momento de intensificação dos desafios econômicos, já que a guerra na Ucrânia, o aumento da inflação e o aumento das taxas em todo o mundo levam a economia global à beira da recessão.
Tudo isso significa um caminho mais longo para reduzir a dívida pública do Japão, que chega a 2,5 vezes o tamanho de sua economia.
Pelo lado positivo, a receita tributária deve atingir um recorde de 69,4 trilhões, graças em parte à recuperação dos lucros corporativos, permitindo ao governo reduzir as novas vendas de títulos em 1,3 trilhão de ienes, para 35,6 trilhões de ienes.
(US$ 1 = 132,3700 ienes)
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