Lula do Brasil participará da Cúpula de Mudanças Climáticas da COP27
O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participará da cúpula climática das Nações Unidas COP27 deste mês no Egito, disse o chefe de seu partido político na terça-feira.
Ambientalistas comemoraram a vitória de Lula na eleição no domingo, depois que ele fez campanha com promessas de proteger a floresta amazônica e restaurar a liderança brasileira nas mudanças climáticas.
Ele derrotou o presidente Jair Bolsonaro, um nacionalista de direita que supervisionou o aumento do desmatamento e nomeou os céticos das mudanças climáticas como ministros.
Gleisi Hoffman, líder do Partido dos Trabalhadores de Lula, confirmou nesta terça-feira que participará da COP27.
"Ele foi convidado pelo governador (do estado do Amapá) Waldez Goes, que está coordenando o consórcio de governadores da Amazônia, para acompanhá-los", disse Hoffman. "Ele irá, mas ainda não temos as datas."
O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, também convidou Lula para participar da cúpula em uma mensagem parabenizando-o por sua vitória eleitoral.
A COP27 acontece de 6 a 18 de novembro em Sharm el-Sheikh, Egito. Os líderes mundiais geralmente participam da abertura da conferência.
Duas pessoas com a campanha de Lula, pedindo anonimato porque os planos não foram confirmados, disseram que ele provavelmente compareceria durante a segunda semana da conferência.
Lula "certamente" se encontrará com o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, na COP27, entre outras reuniões, disse à Reuters sua assessora e ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira.
"Tenho certeza absoluta de que... vários representantes nacionais vão pedir para se encontrar com o presidente Lula", disse Teixeira, acrescentando que está sendo consultada diretamente sobre o assunto.
Participar da COP27 como presidente eleita enviará ao mundo uma forte mensagem de que o clima é uma prioridade para o Brasil, disse ela.
"Lula está sinalizando para o mundo em desenvolvimento que o Brasil está de volta", disse Teixeira. "Ele sinalizou que, em seu governo, o Brasil voltará ao seu importante papel no fortalecimento do multilateralismo."
Lula não faria parte da delegação oficial do governo brasileiro, pois só assumirá a presidência em 1º de janeiro. Bolsonaro não deverá comparecer.
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