Messi sob pressão enquanto a Argentina tenta salvar a Copa do Mundo
Não era para ser assim. Antes do início da Copa do Mundo, havia grandes esperanças na Argentina de que Lionel Messi estava pronto para um glorioso canto do cisne.
O diminuto superastro com magia em suas chuteiras insistiu que estava em boa forma fisicamente à frente do que ele sugeriu ser sua chance final no sucesso na Copa do Mundo.
Depois de vencer a La Liga 10 vezes, a Bola de Ouro sete vezes, a Liga dos Campeões quatro vezes e a Copa América uma vez, este troféu é tudo o que falta na enorme coleção de elogios pessoais e coletivos de Messi.
A Argentina chegou ao torneio com uma notável invencibilidade de 36 jogos, tendo derrotado o rival Brasil em seu próprio quintal para vencer a Copa América do ano passado.
Especialistas e torcedores de todo o mundo proclamavam a Argentina como uma das - se não a - favorita.
Os argentinos se permitiam sonhar: um dos maiores jogadores que o mundo já viu estava prestes a levantar o maior prêmio do futebol.
Mas a chocante derrota de terça-feira por 2 a 1 para uma Arábia Saudita taticamente superior e mais atlética os trouxe de volta à terra com um solavanco.
A conclusão é que, longe de cobrir um bolo já delicioso com glacê, a história de Messi na Copa do Mundo pode estar prestes a terminar de forma vergonhosa.
A autópsia já começou na Argentina.
Especialistas em futebol e torcedores estão especulando se o 'Pibe' está realmente em forma ou não.
Ele havia ficado de fora de algumas sessões de treinamento em grupo, seguindo seu próprio programa pessoal à parte, por causa de uma pancada na panturrilha.
Uma foto se tornou viral nas mídias sociais de seu tornozelo aparentemente deformado - embora ele estivesse apenas usando uma bolsa de gelo.
Dedos foram apontados para seu clube, o Paris Saint-Germain, aparentemente por ousar jogar com ele semana após semana, em vez de envolvê-lo em algodão para que ele pudesse chegar à Copa do Mundo da melhor forma possível para ajudar seu país.
O técnico Lionel Scaloni também foi criticado por sua aparente incapacidade de ultrapassar a linha defensiva saudita, já que sua equipe foi pega em impedimento sete vezes no primeiro tempo.
Ele também foi castigado por sua incapacidade de quebrar uma defesa teimosa que caiu ainda mais quando eles assumiram a liderança.
Houve uma admissão preocupante, porém, de que aos 35 anos, Messi pode não ser tão bom quanto antes.
"Ele não está ferido, mas tem várias doenças lógicas devido à sua idade e ao número de minutos jogados nesta temporada", disse o jornal esportivo Ole.
Mesmo assim, Messi continua sendo o queridinho de uma nação em quem suas esperanças repousam.
Histórias de seu discurso emocionante para companheiros de equipe no ônibus após o jogo contra a Arábia Saudita surgiram rapidamente.
No treinamento do dia seguinte, ele supostamente disse a eles: "O povo acredita que este grupo não os abandonará.
"Depende de nós, sabemos que não temos escolha (a não ser vencer), mas já jogamos esse tipo de jogo antes, é hora de levantar a cabeça acima da água."
Messi terá que superar o desempenho fraco contra a Arábia Saudita se a Argentina vencer o México no sábado e manter viva a esperança de seguir em frente.
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