O especialista em engenharia agronômica apaixonado por uvas de mesa: conheça Paulo De Tarso Miranda Duarte
Em 1987, Paulo de Tarso Miranda Duarte teve uma conversa com o Sr. Mamoru Yamamoto que foi simples, mas transformadora. Ao conhecer o velho viticultor japonês, perguntaram-lhe se ele realmente queria trabalhar com uvas. Quando Paulo respondeu com entusiasmo que sim, o Sr. Yamamoto compartilhou quatro sabedorias essenciais para guiá-lo em sua jornada:
- Como ninguém faz nada sozinho, é importante ser um jogador de equipe respeitoso.
- Continue a procurar e ficar curioso de todas as maneiras. As uvas são muito dinâmicas e mudam, então viajar para aprender sobre diferentes abordagens e perspectivas trará maior sucesso.
- Seja um homem bom e honesto, trabalhando em sintonia com a natureza.
- E o mais importante, deixe sua paixão levá-lo.
Desde aquela conversa comovente, Paulo honrou seu compromisso com o Sr. Yamamoto. Sua paixão pelas uvas tem sido sua força motriz. Ele buscou educação e desenvolvimento sempre que possível. E com um coração enorme e profundo respeito pelo trabalho, ele sempre gostou de trabalhar dentro de um grupo de profissionais que o apoiam.
Agora, as uvas nem sempre foram o foco de Paulo. Quando ele se lembra de sua juventude, ele lembra: "Sempre soube que queria entrar para a agronomia, mas não fazia ideia de que isso me colocaria no caminho do cultivo da uva".
Paulo se formou na Universidade do Estado da Bahia no Brasil em 1986, e depois começou como estagiário na Frutinor. Ele não sabia disso na época, mas esse foi o início de uma bela amizade e parceria com o fundador, Sr. Jairo Vaz. O Sr. Vaz reconheceu a dedicação de Paulo ao seu ofício e incrível ética de trabalho, promovendo-o a Supervisor de Produção em apenas três meses após ingressar na empresa.
Depois de apenas dois anos, Paulo foi promovido novamente e desta vez ele realmente encontrou seu nicho – Gerente de Produção de Uvas. Ele passou um total de seis anos na Frutinor e adquiriu uma riqueza de conhecimentos de sua equipe e, em particular, de seu chefe. O Sr. Vaz trabalhou dentro dos mais altos padrões e sempre ultrapassou os limites da inovação e da técnica. Ele frequentemente trazia Paulo em suas expedições internacionais, com o objetivo de ampliar os horizontes da empresa e conhecer novas variedades.
Deixando a empresa em 1992, Paulo assumiu uma nova função com a Maisa. Continuou trabalhando com a cultura da uva, mas também teve a oportunidade de trabalhar com outras frutas como melão, manga, caju e acerola. Na época, Maisa estava experimentando novos produtos agrícolas. Paulo realizou muitas pesquisas sobre fungicidas, inseticidas e fertilizantes de marcas globais líderes como Zeneca Down Science, Bayer, Dupont e ICI. Este conhecimento viria a ser extremamente benéfico mais tarde em sua carreira.
Em 1995, Paulo encontrou uma nova oportunidade mais próxima de casa para ajudar a cuidar do pai doente. Ficou apenas dois anos na União Frutas, mas agradeceu por voltar a focar em sua fruta favorita, mais uma vez, como gerente de produção. Embora gostasse de trabalhar na empresa, surgiu uma oportunidade que ele não poderia recusar.
Seu ex-chefe e querido amigo, Sr. Vaz, entrou em contato com ele em 1997 sobre o lançamento de um novo empreendimento empolgante. Paulo foi convidado para, mais uma vez, ocupar o cargo de Gerente de Produção da nova empresa, Frutimag. No entanto, desta vez a atribuição foi muito mais substancial, pois Paulo seria responsável pela preparação do terreno, instalação de drenagem e desenvolvimento dos sistemas de irrigação. Ele se apaixonou pela fazenda imediatamente e, embora eles também cultivassem mangas, o foco principal da propriedade seriam as uvas – permitindo que sua experiência realmente brilhasse.
Paulo trabalhou com Fruitmag e Mr. Vaz por dez anos incríveis. Seu trabalho era de primeira qualidade e sua produção era incomparável. No final, os dois homens deixaram a empresa por um motivo e apenas um motivo: foi adquirida por outra empresa que decidiu substituir o setor de cultivo de uvas pela produção de carne e minério de magnesita. Paulo estava determinado a continuar trabalhando com uvas e partiu para encontrar uma nova posição.
Infelizmente, na mesma época, a crise econômica de 2008 atingiu o Brasil com mais força do que muitos outros países. Em contraste, o Peru estava experimentando um boom no setor de agronegócios. Paulo decidiu realocar sua família e se juntou à equipe do EcoSAC. A fazenda tinha apenas cerca de 80 acres de uvas inicialmente, pois estava mais centrada em pimentas e camarões. No entanto, com a influência e as contribuições de Paulo, as coisas começaram a mudar.
Quando perguntado sobre seu tempo na EcoSAC, Paulo lembra com carinho: "Tive um papel muito importante na 'revolução' de mudar de castas tradicionais para castas patenteadas de [empresas como] Sun World, IFG e SNFL."
Quando ele deixou o negócio, 13 anos depois, a EcoSAC havia superado problemas significativos de pragas, refinado sua produção para as variedades de uvas mais adequadas ao clima e marcado uma série de seus próprios produtos microbiológicos para combater problemas comuns de cultivo que agora são vendidos em todo o mundo. Peru. Paulo trouxe o negócio de volta à beira do fracasso e o deixou em grande sucesso.
Quando perguntado sobre qual foi sua parte favorita da viagem, ele respondeu: "As uvas são uma safra encantadora e desafiadora. Podem ser apreciadas frescas na mesa ou fermentadas como vinho. É uma fruta versátil, refrescante e nutritiva, mas nada mais gratificante do que apresentar novas soluções, seja em termos de nutrição, fertilização ou até irrigação."
Ele acrescenta: "O cultivo não é só plantio, há muito planejamento envolvido, além de controle fitossanitário. Tenho muito orgulho de estar envolvido em todos os aspectos do cultivo da uva, pois há muito o que aprender sobre a indústria."
Relembrando aquela conversa impactante de tantos anos atrás, fica claro que Paulo se manteve fiel ao seu compromisso. Seu amor pelas uvas é óbvio, e as fazendas e terras que são agraciadas por seu cuidado amoroso estão destinadas a florescer. Onde quer que ele pise o próximo, sem dúvida, terá sorte em tê-lo.
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