Paris comemora vitória após confronto de na Copa do Mundo com Marrocos

Torcedores lotaram a avenida Champs-Elysées, em Paris, na quarta-feira, após a semifinal da Copa do Mundo entre França e Marrocos, que para milhões tocou o coração, com "Les Bleus" vencendo por 2 x 0 para chegar à final pela segunda vez consecutiva. .

"Só queremos comemorar nossa vitória e podemos realmente sentir que vai ficar uma loucura", disse a estudante Kerene Massuka, que veio com um amigo.

"Estou triste e orgulhoso ao mesmo tempo", disse Thomas Bregas, um jovem franco-marroquino envolto numa bandeira de Marrocos.

Os torcedores foram ladeados por centenas de caminhões da polícia protegendo a área enquanto soltavam fogos de artifício e sinalizadores ao som de buzinadas e aplausos.

Multidões de torcedores foram vistas entrando na avenida decorada de Natal após o apito final, onde as autoridades esperavam dezenas de milhares, apesar das temperaturas em torno de 0 graus Celsius.

A França é o lar de uma grande comunidade marroquina, muitos dos quais têm dupla cidadania. As apostas eram altas em ambos os lados.

Marrocos tinha chances de se tornar a primeira nação africana a chegar a uma final de Copa do Mundo, mas a França agora está prestes a se tornar a primeira seleção a reter o título da Copa do Mundo em 60 anos no domingo.

Falando do Catar, o presidente francês Emmanuel Macron disse: "Quero que os franceses agora desfrutem dessa forma simples de felicidade".

Ele acrescentou que os marroquinos não têm do que se envergonhar depois de uma jornada "extraordinária" na Copa do Mundo.

"Domingo é só uma formalidade, a copa já está na França", disse Karine, 28 anos, que assistiu ao jogo com amigos em um ginásio de Compiegne, norte da França.

Em Paris, a polícia estava se preparando para possíveis escaramuças, depois que as brigas se seguiram à vitória marroquina nas quartas de final sobre Portugal na semana passada.

Cerca de 10.000 policiais serão mobilizados em todo o país, dos quais 5.000 serão colocados na região de Ile-de-France, perto de Paris, e cerca de 2.200 na capital, o dobro do pessoal de segurança do que nas partidas anteriores da Copa do Mundo, disse o ministro do Interior, Gerald Darmanin na televisão France 2.

Profundamente enredados por seus laços coloniais e fluxos pós-guerra de mão de obra migrante do norte da África para a França, as duas nações compartilham uma história que moldou suas identidades e suas políticas, e criou um relacionamento às vezes tenso.

Os torcedores do Marrocos na França estavam em um frenesi de comemoração desde que seu time partiu em sua jornada histórica na Copa do Mundo, tornando-se o primeiro time africano e árabe a chegar às semifinais no evento mundial.