Supporters of Brazil's President Jair Bolsonaro protest against President-elect Luiz Inacio Lula da Silva
Reuters

Os preços ao consumidor brasileiro subiram mais do que o esperado em outubro, deixando para trás três meses seguidos de quedas.

O índice de referência IPCA subiu 0,6% no mês passado, acima das previsões do mercado, informou nesta quinta-feira o IBGE.

Os preços subiram 6,5% nos 12 meses até outubro, abaixo do aumento de 7,2% no mês anterior.

O modesto ganho mensal em outubro foi impulsionado por oito dos nove componentes, principalmente alimentação, saúde e transporte e combustível.

Os preços dos alimentos subiram 0,7% em relação ao mês anterior, impulsionados principalmente pelo aumento dos preços dos alimentos consumidos em casa. Os custos com saúde aumentaram 1,2% devido ao aumento dos preços de produtos de higiene pessoal e planos de saúde.

Os preços de transporte subiram 0,6%, mas isso seguiu-se a quedas maciças nos três meses anteriores devido a cortes de impostos. Os preços na maioria dos outros subíndices avançaram a um ritmo mais lento em comparação com suas tendências recentes.

"No geral, a desinflação rápida continua, graças ao efeito defasado de uma política monetária mais apertada e às medidas implementadas pelo governo para reduzir os preços-chave. sul, apesar de um mercado de trabalho relativamente resiliente e do recente apoio fiscal às famílias", disse Andres Abadia, economista-chefe da América Latina da Pantheon Macroeconomics.

A Abadia espera que a demanda doméstica se acalme nos próximos meses, mantendo o núcleo da inflação em trajetória de queda.