'Total Frenzy': Febre Swift cresce na América Latina
A empolgação está aumentando entre os fãs de Taylor Swift na América Latina, que enfrentaram filas de meses, ingressos caros e, em um caso, agressão para realizar seu sonho de ver a superestrela pop.
A cantora e compositora de 33 anos, que detém o recorde feminino de mais álbuns número um, trará sua turnê "Eras" para a região a partir de quinta-feira começando no México, seguida pela Argentina e Brasil.
No Rio de Janeiro, Renan Rodrigues acampou várias noites para comprar ingressos para os shows de Swift de 17 a 19 de novembro no estádio Nilton Santos.
O DJ de 24 anos, que se apresenta em festas para os Swifties, como são conhecidos os fãs devotos da estrela pop, conseguiu ingressos para as três apresentações.
Mas ele pagou um preço alto - um assaltante o atingiu na cabeça com uma garrafa por resistir a uma tentativa de assalto enquanto ele esperava.
"Eles queriam levar meu celular, e dentro do estojo estava meu cartão do único banco credenciado para a venda de passagens. Só pensei: não vão levar meu cartão", disse Rodrigues, que teve ferimentos superficiais.
Os ingressos para os shows de Taylor Swift no Brasil custam entre US$ 35 e US$ 468.
No México, onde os jovens ganham um salário médio de US$ 366 por mês, segundo dados oficiais, os torcedores tinham que pagar entre US$ 55 e US$ 614.
Ingrid Cruz, fundadora do fã-clube mexicano oficial, descreveu o alto custo como "abuso" e reclamou que os pacotes VIP eram priorizados em relação aos ingressos normais.
Os fãs também relataram problemas com a plataforma da gigante varejista norte-americana Ticketmaster.
O fornecedor opera no México como parte do poderoso grupo de entretenimento e mídia CIE, que por sua vez controla cerca de dois terços do mercado local de shows ao vivo.
As pré-vendas para os quatro shows na Cidade do México foram baseadas em um cadastro prévio de "fãs verificados" por e-mail.
Mas mesmo Joel Aguilar, criador do Taylor Swift MX, um site de fãs com cerca de 20.000 seguidores de 20 países, não conseguiu se classificar, disse ele.
Denisse Castro, 26, que está desempregada há seis meses, espera que construir um histórico de crédito e obter um cartão do banco que patrocina o show a ajude a garantir bons lugares.
Infelizmente para ela, o banco recentemente reforçou suas restrições de crédito, de modo que Castro só podia pagar as passagens mais baratas.
Na capital argentina, Buenos Aires, um grupo montou acampamento em frente ao estádio do River em junho, cinco meses antes do show, para garantir lugares próximos ao palco.
"Vai ser um frenesi total", disse Iara Palavencino, uma das torcedoras, que se revezam para reservar seus lugares.
Os ingressos esgotaram rapidamente na Argentina, apesar da grave crise econômica do país.
No Chile, o presidente Gabriel Boric, um autoproclamado Swiftie, fez um apelo malsucedido a Swift para incluir seu país em sua turnê.
E no México, provando que a popularidade da estrela pop transcende a idade, um juiz da Suprema Corte de 64 anos se assumiu como um Swiftie no início deste ano.
"Não há nada trivial em Taylor Swift", escreveu Arturo Zaldivar em um jornal em junho.
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